quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Divisa em versos

- O meu nome é Lombroso, torado no grosso.
Eu sou que nem cascavé, quando num aleja, mata.
Tenho a maldade da onça
Tenho a maldade que arrasa.
Minha baba é peçonhenta
E arde mais do que a brasa.
Tu tá vendo essa cacunda?
Carrego nas minhas costa 132 morte.
Vá me dizendo seu nome
Pr'onde vai, donde vem
E... se já viu nesse mundo
Um cabra mais "fei".
- O meu nome é Ojuara
Eu vim de longe e vou em frente
E o senhor não é mais fei
Do que certo tipo de gente
Fei é a herança do home
A herança de Caim
Praga de mão fedida
Tentação do coisa ruim
Fei é aquela sombra escura
Que vai levando consigo o covarde
Que traiu a confiança do amigo
A beleza e a feiúra estão junta em toda parte
Há beleza inté na morte
Há feiúra inté na arte
Olhe seu rosto no espei
E não perca a esperança
Que foi Deus quem lhe fez
Sua imagem e semelhança.

(Extraído do Filme "O Homem que desafiou o Diabo")

Abração,

Wendel Cavalcante

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