sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

ENCONTRO


Nesta minha caminhada até aqui, tive o privilégio e a honra de conhecer e conversar com grandes homens e mulheres que levam a ciência a sério e que escolheram este chão, o Brasil, para fazer ciência. Boa parte deles, assim como eu, acreditam que a ciência também é uma linguagem que nos aproxima de D'us, mas que não é a redentora da humanidade. Outra parte, agnóstica, objetiva o bem comum de todos. Outros, ainda, ateus, têm minha admiração por serem simples e terem um profundo respeito pela vida.

Tenho refletido nesses dias que a tolerância e o respeito às expressões de fé deva se dá a partir do encontro consigo mesmo e com o outro, assim como é o encontro do dia e da noite, que resulta no crepúsculo; dos rios Negro e Solimões, que originam o Amazonas; do feijão e do arroz, que resulta no nosso baião de dois.

Por uma pedagogia do encontro!!!

Abração!

Wendel Cavalcante

domingo, 16 de dezembro de 2012

As curvas da estrada


"Se acaso numa curva
Eu me lembro do meu mundo,
Eu piso mais fundo.
Corrijo num segundo.
Não posso parar"!

#ESTRADASOU
[Roberto Carlos]

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O homem e o tempo




O homem vil notou que o tempo viu
o espaço que, antes era largo,
passou a ser estreito.
O tempo vil notou que o homem viu
seu horizonte observável
entrar em colapso.

O homem viu que o tempo vil
era inclemente na sua travessia
rumo a outra margem.
O tempo viu que o homem vil
não desistia de ir em frente,
a pesar das pedras no caminho.

O tempo vil notou que o homem viu
um travesseiro em cada pedra
e o tropeço era motivo para sonhar.
O homem viu que o tempo vil,
que não tem cor nem cheiro,
no espaço, em expansão, é forasteiro.

O homem vil viu que o tempo não é vil,
que uns lhe chamam deus,
outros, ainda, riqueza.
O tempo viu que o homem era insistente
E que a bondade e a misericórdia
também se fizeram estrada.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

As visões se clareando...



"Mas o mundo foi rodando
Nas patas do meu cavalo
E nos sonhos
Que fui sonhando
As visões se clareando
As visões se clareando
Até que um dia acordei...

Mas o mundo foi rodando
Nas patas do meu cavalo
E já que um dia montei
Agora sou cavaleiro
Laço firme e braço forte
Num reino que não tem rei"

segunda-feira, 5 de março de 2012

Salve o Tubarão da Barra



Lembro-me, de quando ainda adolescente, da grande mobilização feita na mídia para salvar o mico leão dourado. O slogan era: “salve o mico leão dourado”. O interessante é observar os desdobramentos dessa campanha: para a espécie não ser extinta o seu habitat também teria que ser protegido. Hoje, o mico leão dourado e parte da  Mata Atlântica (antes floresta, que foi dizimada no período do extrativismo vegetal colonial) resistiram a expansão imobiliária e fundiária.

Mas o que isso tem haver com o futebol cearense?

Ultimamente tenho ouvido, nas mais diversas rodas de conversas, que o Ferroviário, de torcedores ilustres e de torcedores anônimos, vai se acabar. Não bastasse o fato dos formadores de opinião só mostrarem os problemas, reforçam tal tese com a argumentação de que o Ferroviário passa pelo processo de “maguarização”.

Ora, senhoras e senhores leitores, temos aqui um caso semelhante ao do mico leão dourado. O que muda é o ecossistema.

Não pensem os dirigentes e torcedores dos outros Clubes, principalmente os do Ceará e Fortaleza, que a queda do Ferroviário para a segunda divisão do campeonato cearense não afetará o equilíbrio de forças dentro dos campeonatos vindouros.

Os mais pragmáticos e céticos dirão que esta abordagem não merece crédito e não tem a menor fundamentação. Quero lembrar que o mico leão dourado foi salvo da extinção; o Maguary deu lugar a concretude de postes, geradores, transformadores e cabos de alta tensão na subestação de uma companhia de energia elétrica.

Conclamo os torcedores dos outros clubes para darem as mãos e começarem uma onda pró futebol cearense, ao vestirem a camisa da campanha “Salve o Tubarão da Barra”. Os desdobramentos disso? Ah! Quem sabe não reside aí a tão sonhada paz nos estádios e a competição; ou rivalidade; ou ainda, disputa sadia entre as torcidas?

Wendel Cavalcante

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

O Tempo Não Pára


"Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora
Cheia de mágoas
Eu sou um cara...
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada
Ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara...
Mas se você achar
Que eu tô derrotado
Saiba que ainda
Estão rolando os dados
Pois o tempo
O tempo não pára..."

Fera Ferida



"Eu sei!
Que flores existiram
Mas que não resistiram
A vendavais constantes
Eu sei!
Que as cicatrizes falam
Mas as palavras calam
O que eu não me esqueci...
Não vou mudar
Esse caso não tem solução
Sou Fera Ferida
No corpo, na alma
E no coração..."

Último Desejo