o espaço que, antes
era largo,
passou a ser estreito.
O tempo vil notou que o homem
viu
seu horizonte
observável
entrar em colapso.
O homem viu que o tempo
vil
era inclemente na sua
travessia
rumo a outra margem.
O tempo viu que o homem vil
rumo a outra margem.
O tempo viu que o homem vil
não desistia de ir em
frente,
a pesar das pedras no
caminho.
O tempo vil notou que o
homem viu
um travesseiro em cada
pedra
e o tropeço era motivo
para sonhar.
O homem viu que o tempo
vil,
que não tem cor nem
cheiro,
no espaço, em
expansão, é forasteiro.
O homem vil viu que o
tempo não é vil,
que uns lhe chamam
deus,
outros, ainda, riqueza.
O tempo viu que o homem
era insistente
E que a bondade e a misericórdia
E que a bondade e a misericórdia
também se fizeram
estrada.