A História das Grandes Navegações sempre exerce grande facínio naquel@s que a observam atentamente. Ela está repleta de episódios sombrios, de feitos memoráveis e de acontecimentos que transformaram profundamente a história da humanidade.
Dentre eles está o contorno do Cabo das Tormentas, pelo navegador português Bartolomeu Dias, em 1488.
Para a época, segundo a história oficial, um "feito heróico" e muito valioso.
Não é meu objetivo encobrir os desmandos resultantes da política expansionista ultramarina. Não!
Você deve estar se perguntando: por que falar justamente sobre o Cabo das Tormentas e associá-lo a alguma aplicação na vida prática, ao nosso cotidiano?
O fato é que a morte permanece um mistério para muitos. Será a morte o fim de tudo? Será uma "passagem"? O começo de um novo ciclo? O "cabo" que tod@s nós, um dia, teremos que contornar?
E é justamente aqui que peço a permissão de vocês para tomar emprestado o "movimento da troca dos nomes do ponto geográfico" por parte do rei D. João II de Portugal. Explico.
Quando Bartolomeu Dias conseguiu contornar o Sul da costa africana, achando, assim, a ligação entre os Oceanos Atlântico e Índico, batizou o ponto geográfico de Cabo das Tormentas, pois as "tormentas", ou seja, os grandes vendavais e as tempestades açoitavam veementemente as duas caravelas e a naveta que estavam sob o seu comando.
Quando Bartolomeu Dias conseguiu contornar o Sul da costa africana, achando, assim, a ligação entre os Oceanos Atlântico e Índico, batizou o ponto geográfico de Cabo das Tormentas, pois as "tormentas", ou seja, os grandes vendavais e as tempestades açoitavam veementemente as duas caravelas e a naveta que estavam sob o seu comando.
Mas o rei D. João II, conhecido pelo seu pulso firme contra as conspirações da aristocracia portuguesa, pela forma como fazia justiça com as próprias mãos, e por isso chamado de "O Príncipe Perfeito", mudou o nome do Cabo das Tormentas para "Cabo da Boa Esperança", por acreditar que o achado seria o marco de uma nova era na expansão ultramarina portuguesa e por ser a nova esperança de se chegar à Índia. Não foi só a mudança do topônimo em si, mas uma injeção de ânimo no imaginário coletivo do seu povo.
Eu e você podemos nos comparar a navegadores e navegadoras que precisam desbravar esse imenso Oceano que se chama vida!
E a morte não pode ser mais encarada como o fim de tudo. Não! E senta vezes sete, não!
Só para lembrá-los, permitam-me citar o Apóstolo São Paulo, ao falar sobre a morte:
"Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo"(1 Co 15. 55-57);
"Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte"? (Rm 7. 24);
"Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada" (Rm 8. 18);
"Porque em esperança fomos salvos. Ora a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o esperamos" (Rm 8. 24-25);
"Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor" (Rm 8. 31-39).
Ao contrário do rei D. João II, Raboni fez tudo por Amor, injetando, assim, de uma vez por todas, Esperança para todas as pessoas de "todas as tribos, povos, raças, culturas, línguas e nações, no tempo e no espaço".
Como contornar o Cabo que se chama morte?
É só atentar para a os sinais deixados por Raboni e segui-lo!
A final de contas, a morte foi vencida e o caminho para se chegar ao ETERNO Oceano do Amor revelado para tod@s!
Agora é com você, uma vez que Raboni já "mudou" o nome da morte, nos dando Esperança e nos mostrando a passagem para "vida eterna"!
Por mais altas que sejam as ondas, por mais fortes que sejam os ventos e mesmo que o céu desabe em águas temos que seguir navegando até chegar ao ETERNO, que é nosso Porto Seguro.
Abração a Tod@s!
Wendel Cavalcante.