segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

QUANTO VALE UMA VIDA?

 
Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press

A morte do garoto boliviano Kevin Espada, de 14 anos, no jogo do Corinthians contra o San José, mandante da partida de Oruro, na última quarta-feira (20/02), tem gerado polêmica entre os que fazem a imprensa desportiva, uma vez que a Conmebol determinou que o Timão não jogaria mais com sua torcida fiel, do bando de loucos, dentro e fora de casa.

No entanto, por todo Brasil, outros "Kevins Espadas" são assassinados todos os dias, aumentando as estatísticas do extermínio da população jovem, devido o perigo associado à violência urbana; as gangues rivais; disputas territoriais pelo comando do tráfico de drogas; a falta de politicas públicas de juventude efetivas, eficientes e eficazes, capazes de estabelecer um diálogo profícuo com a comunidade, dentre outras causas.

Ontem mesmo, 24/02 (dom), ônibus eram apedrejados por pessoas de várias idades ao passarem pela Praça da Cruz Grande, na Serrinha, pelo simples fato de transportar passageiros torcedores do Fortaleza.

Talvez, Sílvio Brito não tenha sido tão chato o quanto cantou Raul Seixas. Uma vida pela bagatela de todas as partidas restantes na Libertadores foi uma pechincha. 

O episódio, de fato, já manchou de tinta sangue a história do clube. Queria ver brotar dessa desgraça um movimento pró-cultura de paz não só nos estádios de futebol, que estão se transmutando em arenas, mas também pelas cidades.

A Fiel não pode devolver a vida do menino Kelvin, porém tem nas mão a oportunidade de quando contar esse episódio dizer que, apesar de lamentar e sentir a dor dos irmãos bolivianos, passará a ser conhecida como a torcida que anuncia e vive em paz! Gaviões fiéis que promovem e cuidam da vida!!!

Abraços,

Wendel Cavalcante